Trump assina decreto que proíbe atletas trans de competirem em esportes femininos
- Guilherme Júnio Sá Barbosa
- 6 de fev.
- 2 min de leitura

Trump assina decreto proibindo atletas trans de competirem em esportes femininos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (5) um decreto que proíbe a participação de atletas transgênero em esportes femininos, em mais uma medida contra a comunidade trans. Durante uma cerimônia na Casa Branca, Trump declarou: "Com esta ordem executiva, a guerra contra os esportes femininos terminou", enquanto dezenas de atletas femininas aplaudiam.
O decreto determina que escolas que permitirem que estudantes trans integrem equipes esportivas femininas terão cortes de subsídios federais. "Não haverá financiamento federal" para essas instituições, afirmou Trump.
Além disso, o presidente pressionou o Comitê Olímpico Internacional (COI), em vista dos Jogos Olímpicos de 2028, que serão realizados em Los Angeles. Trump repetiu sua alegação infundada de que a campeã olímpica de boxe Imane Khelif, da Argélia, seria um homem e afirmou: "Minha administração não ficará de braços cruzados vendo homens derrotarem atletas femininas." Ele também anunciou que rejeitará pedidos de visto de homens que tentem entrar nos Estados Unidos como atletas femininas de forma fraudulenta.
Esse decreto faz parte de uma série de medidas mais amplas contra os direitos da população transgênero. Desde que retornou ao cargo, Trump tomou ações contra os trans, incluindo a proibição da "ideologia transgênero" no Exército e a limitação de procedimentos de transição de gênero para menores de 19 anos.
A ordem executiva de Trump foi acompanhada por um projeto de lei republicano aprovado em janeiro na Câmara dos Representantes, que visa restringir a participação de mulheres trans em esportes universitários femininos. Atualmente, a proibição de atletas trans em esportes já está em vigor em cerca de metade dos estados norte-americanos.
De acordo com o Instituto Williams, aproximadamente 1,3 milhão de adultos e 300 mil jovens entre 13 e 17 anos se identificam como transgêneros nos Estados Unidos. Estudos indicam que essa população enfrenta taxas mais altas de depressão e suicídio em comparação com o restante da população.
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